Coração acelerado, músculos que se contraem involuntariamente, dores na costas, falta de apetite, excesso de energia e vontade incontrolável de comer doces. Esses são alguns dos sinais de ansiedade mais visíveis em pessoas que estão começando a desenvolver sintomas do transtorno.

Para controlar esse tipo de característica biológica, geralmente ligada também ao nervosismo, uma alimentação adequada e equilibrada também pode ajudar pessoas ansiosas. Anália Barhouch, nutricionista especialista no tratamento da obesidade, afirma que os minerais e vitaminas presentes em certos alimentos podem minimizar o problema. Ela ainda reforça a importância de o indivíduo manter uma rotina de exercícios físicos e um estilo de vida equilibrado.

— O magnésio e vitaminas do complexo B contribuem para a formação de serotonina, substância química relacionada ao humor, o que ajuda e manter a pessoa longe do estresse e da ansiedade — explica Anália.

Frutas, proteínas, alguns laticínios e até mesmo o chocolate são alimentos recomendados para quem sofre com o mal. De acordo com a nutricionista, o consumo de nutrientes na medida certa, além dos benefícios para combater a ansiedade, também manterá o corpo mais saudável. Caso os sintomas evoluam de leves para uma intensidade grave, um especialista deve ser consultado.

Anália alerta também para as bebidas alcoólicas e para alimentos estimulantes e com alta concentração de cafeína, como café, chá preto, refrigerante e energético.

— Por serem estimulantes, estes alimentos podem induzir o sistema nervoso a uma maior liberação de adrenalina, hormônio liberado em momentos de estresse. Isso impede o relaxamento do corpo, acarretando em ansiedade — explica a especialista.

A rotina de cada pessoa também deve ser analisada quando o assunto é ansiedade, já que o transtorno também está associado à falta de uma alimentação saudável, o que pode levar ao consumo exagerado de alimentos com alto teor de açúcar e gorduras, como fast foods, por exemplo. Anália recomenda que esse tipo de alimento seja evitado e que a prática de atividade física seja regular, pois estas são atitudes de suma importância no combate à ansiedade.

Segundo a nutricionista, além de estar relacionado à ansiedade, a ingestão excessiva de açúcar também pode ter ligação com mudanças na flora bacteriana do intestino. Anália explica que essas mudanças podem permitir o crescimento de bactérias que se alimentam preferencialmente de açúcar.

— Essas bactérias têm a capacidade de inibir a produção cerebral de serotonina, importante no controle do humor e da ansiedade. Assim, com menor produção de serotonina, a vontade de ingerir alimentos com açúcar faz com que a pessoa fique mais ansiosa — acrescenta Anália.

Conheça os alimentos que ajudam a evitar a ansiedade:

Frutas:

– As cítricas – laranja, limão, acerola, kiwi, morango e abacaxi – são fontes de vitamina C, o que ajuda a reduzir a secreção do cortisol, hormônio liberado pela glândula adrenal em resposta ao estresse e à ansiedade.

– A banana é rica em vitamina B6 e tem alto teor de triptofano, fatores que colaboram com a produção de serotonina, auxiliando o bem-estar.

– Fonte de vitaminas A, B1, B2, B6 e C, e de zinco, magnésio e selênio, a maçã ajuda a diminuir a ansiedade.

Peixes e carnes magras:

– As carnes e peixes contêm um aminoácido chamado taurina, substância que aumenta a disponibilidade de um neurotransmissor chamado Gaba, utilizado pelo organismo para controlar a ansiedade de forma natural.

– Esses alimentos, assim como ovos, leites e derivados, também são ótimas fontes de triptofano, aminoácido que, em conjunto com a vitamina B3 e o magnésio, produzem serotonina.

Espinafre:

– Rico em ácido fólico, o espinafre auxilia na eliminação de resíduos químicos oxidantes produzidos pelo excesso de trabalho ou estresse, fatores externos responsáveis pela ansiedade.

Chocolate:

– Os que contém mais de 70% de cacau, além de serem menos calóricos, são ricos em flavonoides, um tipo de antioxidante que favorece a produção de serotonina. O mel também contribui para a produção da substância no cérebro.

Fonte: ZH