Em artigos anteriores aqui no Manual já falamos muito sobre como construir o currículo quanto às descrições das qualidades e habilidades pessoais a partir das realizações profissionais mais relevantes. Mas existem outras características concretas num perfil profissional que podem fazer toda a diferença na hora de o selecionador ler o currículo: habilidades técnicas e itens que certifiquem tais habilidades. Vamos falar das principais, e dar sugestões para incluir no currículo.

Idiomas

Se você possui conhecimentos em idiomas estrangeiros, inclua no currículo numa seção especialmente feita para eles. Por exemplo:

idiomas_CV

“Básico”, “intermediário”, “avançado” e “fluente” são os níveis de conhecimentos em idiomas mais facilmente reconhecidos pelo mercado. Saiba reconhecer o seu nível. Por exemplo, “fluente” é o nível das pessoas capazes de interagir com tranquilidade em conversas; no “avançado”, a pessoa também interage em conversas, mas com algumas limitações. Ambos geralmente conseguem se expressar por escrito. “Intermediário” já se refere a um conhecimento no idioma já em desenvolvimento, mas não necessariamente a ponto de capacitar a pessoa a se comunicar plenamente, com desenvoltura, em qualquer situação profissional que vier. Por fim, “básico” é para quem conhece e reconhece algumas palavras e frases mais simples e precisa de mais tempo para desenvolver plenamente sua habilidade no idioma a ponto de utilizá-la em situações profissionais mais complexas.

Já dissemos em artigos anteriores: informe seu real conhecimento. Informar algo além daquilo que o profissional conhece é um erro facilmente detectável em testes ou até entrevistas no idioma.

Em sistemas como o da Curriculum e também no Curriculum Lattes (mais voltado para profissionais do universo científico e acadêmico), há outras formas de informar a habilidade no idioma: o profissional pode informar níveis de conhecimento para cada habilidade linguística (fala, compreensão, leitura e escrita). Isso é particularmente útil, por exemplo, para as empresas que podem buscar, em sistemas de busca como na Curriculum, profissionais que possuam uma ou mais habilidades linguísticas que sejam particularmente mais requeridas pelo cargo que elas estão preenchendo.

Informe somente idiomas estrangeiros no currículo, a não ser que você esteja se candidatando a uma vaga no exterior que exija seu idioma nativo (aqui em no nosso caso, português).

Informática

Pode ser bastante empobrecedor incluir no currículo informações genéricas sobre este item, tais como simplesmente “Conhecimentos intermediários de informática”. O melhor é especificar os conhecimentos do profissional em cada ferramenta que ele conhece ou domina. Existem muitas possibilidades: desde conhecimentos na utilização de sistemas operacionais, aplicativos gerais de produtividade (editores de texto e de planilhas) e para Internet até conhecimentos mais específicos para a própria área profissional, como aplicativos voltados a um dado segmento: por exemplo, Photoshop para designers, software de ERP e editores de planilhas para pessoas da área administrativa. Todos os aplicativos, software e sistemas que sejam relevantes para a atuação do profissional devem ser informados. Serão considerados diferenciais do candidato por quem seleciona currículos.

Um formato bastante organizado para informar conhecimentos em informática que sugerimos aqui na Curriculum é este:

info_CV

Talvez você não tenha conhecimentos em TODOS os tipos de software e sistemas listados acima. Não se preocupe: inclua apenas os tipos que você realmente utiliza e que sejam relevantes para a sua atuação profissional. Ordene os tipos do mais relevante para o menos relevante. Por exemplo, se você sabe trabalhar com planilhas e as utilizará com grande frequência no dia a dia caso seja contratado para as vagas às quais está se candidatando, este deverá ser o primeiro da lista; se vai gerenciar processos administrativos, talvez o tipo “ERP” deva estar em primeiro lugar. Se você é um programador ou analista de sistemas, os itens “Linguagens de Programação” e “Bancos de dados” devem ficar em primeiro plano.

Certificações

As certificações profissionais são itens cada vez mais exigidos para algumas áreas. Por exemplo, áreas como Tecnologia da Informação, Qualidade, Gestão Ambiental, Gestão de Projetos, Processos e Marketing Digital têm vagas que, em alguns casos, exigem certificações específicas em suas respectivas áreas. Se você tem certificações úteis para a área profissional em que pretende trabalhar, não deixe de informá-las num item à parte. Uma sugestão simples de formato para este item no currículo:

certificacoes_CV

Ordene as certificações de acordo com a relevância delas. Se você considerar que uma certificação é mais relevante que outra, coloque-a à frente.

Todos estes itens – idiomas, informática, certificações – podem fazer a diferença na comparação entre um currículo e outro pelos selecionadores. Inclua-os sempre que eles se aplicarem ao seu caso.

Até o próximo artigo!

Este artigo é parte integrante do novo Manual da Recolocação, produzido pela Curriculum.com.br.
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